O silenciar, o ignorar, o desvalorizar das ações que desrespeitam os indivíduos enquanto seres humanos é ser cúmplice, é deixar continuar a fazer-se, é não exigir o fim desses actos, é não exigir a punição do desrespeito aos direitos humanos.
É urgente parar e observar com atenção sobre aquilo que está a acontecer em casa, nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, nos transportes, na saúde, na justiça, connosco e com os outros, independentemente de ser pobre ou rico, alto ou baixo, branco ou preto, gordo ou magro, analfabeto ou instruído, criança ou adulto, mulher ou homem.
Observado, é urgente questionar, tentar compreender os porquês e decidir fazer algo para resolver tais situações de discriminação, de desigualdade, de xenofobia e de racismo.
Os tempos têm evoluído e muitos já afirmam-se "não racistas".
Mas não é suficiente...
Não basta afirmar-se "não racista".
É preciso ser "anti-racista".
Como?
Denunciando, criticando, educando, esclarecendo e não pactuando com os discursos de ódio e as ações racistas.
A informação de rigor é essencial para despertar os "adormecidos" e os "menos atentos" e para fundamentar novas praticas de cidadania, inclusiva e ativa.
Aqui fica a sugestão da 2ª parte do dossier "Racismo Português" do Jornal Público intitulada "Racismo à Portuguesa".
Aqui poderão ler, analisar, comparar, reflectir e decidir o que fazer perante as realidades aí relatadas e estudadas: a habitação, o emprego, a educação, a estatística, os 50 testemunhos recolhidos (estudiosos e vítimas).
A História ajuda a compreender o passado, a reflectir sobre o presente mas não determina o futuro.
Por fim, sugere-se a leitura de "Racismo no Pais dos brancos costumes" de Joana Gorjão Henriques, da editora Tinta-da-China (2018).
Sem comentários:
Enviar um comentário